A CSP-Conlutas e suas entidades e movimentos filiados estão convocando para esta sexta-feira (6) um dia de lutas e paralisações contras as medidas do governo federal que atacam os trabalhadores, retirando direitos trabalhistas e previdenciários, e contra as demissões que vem ocorrendo nas empresas.
Da mesma forma, em todo o país, vamos também protestar contra as medidas dos governos estaduais e municipais, que também estão ameaçando retirar direitos dos trabalhadores.
“Diante da crise econômica que se agrava, os trabalhadores são os primeiros a sofrer as consequências. As empresas já começam a demitir sem que o governo se manifeste; foi reeditado o projeto de lei 4330, que favorece as terceirizações e precarização do trabalho; as medidas provisórias 664 e 665 anunciadas no início deste ano atacam benefícios fundamentais como o seguro-desemprego, o PIS, o auxílio-doença e pensão por morte, dentre outros”, denuncia Paulo Barela, da Secretaria Executiva Nacional da entidade.
A CSP-Conlutas também exigirá das centrais sindicais, como a CUT e a Força Sindical, que saiam das negociações com o governo e se somem às mobilizações, em direção à construção de uma greve geral no Brasil.
Os atos do dia 6 serão independentes dos governos, de luta pelas reivindicações dos trabalhadores e não se confundem com as iniciativas do PT e da CUT e também de setores da ultradireita, da velha elite brasileira e do PSDB, que realizarão manifestações pró e contra o governo Dilma na outra semana.
Quadro dos atos nos estados
No Rio de Janeiro (RJ), o ato nacional convocado para o dia 6 de março – principalmente pela Fasubra e pelo Andes-SN, contra a privatização dos serviços públicos, dos hospitais universitários e contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), também marcará este dia nacional de lutas. Haverá caravanas de todo o país nesta atividade. O ato ocorre na Praça da Cruz Vermelha, às 16 horas, região central da cidade.
Em Natal (RN), o ato será às 8 horas, em frente ao Hospital Universitário Onofre Lopes!. Haverá também mobilização dos servidores da saúde, às 10 horas, com local a definir.
Os trabalhadores da construção civil de Fortaleza (CE) também farão paralisações e, no fim da tarde, com concentração na Praça do Carmo, às 16h, diversas e se unem às mulheres para o ato antecipado do 8 de Março – Dia Internacional de luta da Mulher; convocam o ato o Movimento Mulheres em Luta (MML CE), Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL), Sindicato das Trabalhadoras da Confecção Feminina (SINDCONFE), Sindicato dos Rodoviários Urbanos (SINTRO) e Sindicato dos Operários da Construção Civil de Fortaleza. No interior, param as atividades os professores de Juazeiro.
Os operários da construção civil de Belém (PA) o ato sairá da Praça do Operário, São Brás, às 9 horas. Várias obras da construção civil irão paralisar suas atividades e haverá panfletagem e ato na Transpetro Belém, por conta da greve que iniciou ontem, dos transportadores de cargas. Petroleiros, operários da construção civil, servidores federais do hospital universitário Barros Barreto já confirmaram presença no ato.
Em Minas Gerais, também já estão organizando o dia 6. Na Helibras, nas metalúrgicas de São João Del Rey, Itajubá, Itaúna e Divinópolis já têm paralisações marcadas, assim como os gráficos da Editora Alterosa, Contagem; diversas categorias farão um ato na praça Sete às 14 horas e, em seguida, às 16 horas, se juntam ao ato pelo Dia Internacional da Mulher.
Em São Luís (MA), haverá assembleia dos professores municipais às, 8h30; mobilização e panfletagem, com concentração em frente à Biblioteca Pública (Praça Deodoro), às 15 horas.
Em São Paulo (SP), os funcionários da USP se somarão ao dia 6, e vão realizar um ato a universidade, das 6 às 8 horas, com fechamento dos portões P1, durante essas duas horas.
Em Recife (PE), ato unificado do Dia de Luta da Mulher Trabalhadora, com concentração às 14 horas na Praça 13 de Maio, saída às 16 horas em passeata.
Outros estados também estão preparando mobilizações para esta data e devem confirmar as atividades.
As bandeiras de 6 de março:
– Contra o ajuste fiscal e as reformas dos governos federal, estaduais e municipais;
– Revogação das MPs 664 e 665;
– Arquivamento do PL 4330 das terceirizações;
– Pelo fim das demissões e pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários;
– Em defesa da Petrobrás 100% Estatal. Punição, confisco dos bens e prisão de todos os corruptos e corruptores, desde o governo FHC;
– Contra os cortes no orçamento das verbas da educação e saúde;
– Pela suspensão do pagamento da dívida pública aos banqueiros.
6 de março internacional: confira a versão em inglês para os atos que ocorrem no Brasil
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