O ano de 2014 sempre será lembrado como o ano da Copa do Mundo no Brasil. Seja pela tensão antes do campeonato, com manifestações em todo território brasileiro, ou pelo inesperado final entre Alemanha e Argentina, com certeza este Mundial ficará na memória de muitos brasileiros. E quem melhor para eternizar este momento, do que o olhar imparcial de alguns dos melhores repórteres fotográficos da imprensa brasileira? É exatamente esta a proposta da exposição “Retratos da Copa”, que ocorre gratuitamente no Shopping Ibirapuera. De 05 a 31 de agosto, os visitantes poderão reviver os momentos mais marcantes da “nossa” Copa, por meio de 80 imagens captadas pelas lentes de 57 fotógrafos de importantes veículos de comunicação.
Idealizada em conjunto com a Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo (ARFOC-SP), a mostra “Retratos da Copa” tem o intuito de ser apresentada com o tema ainda vivo na memória das pessoas, oferecendo imagens vistas nas revistas, jornais e sites de todo Brasil em tamanho ampliado, para eternizar o trabalho destes fotojornalistas.
“É uma maneira de darmos uma sobrevida à fotografia, que normalmente dura 24 horas no jornalismo. Além disso, o público poderá contemplar as imagens em outro formato e em um local em que normalmente as pessoas não têm muita pressa e assim, poderão fazer leituras e releituras do mundial com seus heróis e vilões”, conta Nilton Fukuda, diretor de marketing e cultura da ARFOC-SP.
Os laranjas da Copa – Moacyr Lopes Junior, Eduardo Anizelli, Levi Bianco, JF Diório, Rubens Cavallari são alguns dos repórteres fotográficos que contam com seus trabalhos expostos na mostra e que vestiram o chamativo colete laranja, que os identificava como profissionais da imprensa durante o Mundial. Incluindo ainda a rotina fora dos gramados, onde a única identificação era a câmera na mão e o crachá do veículo no pescoço.
Com determinação, estes profissionais deixam um legado em forma de imagens únicas. Detalhes como o lance dentro de campo que a televisão não mostrou, a provocação tradicional entre as torcidas, a descontração, alegria ou tristeza de jogadores e espectadores, e o momento único de sagrar uma seleção no time campeão do mundo. Nos bastidores destes cenários, está o fotojornalista com a única missão de contar, por meio da fotografia, esta história da Copa no Brasil, com todos os seus elementos.
No prefácio de Antero Greco, jornalista esportivo convidado para apresentar a exposição para o público em forma de palavras, “as imagens estão aí, para relembrar 31 dias especiais, entre junho e julho. O mês em que o País se expôs, com o que tem de deslumbrante e de angustiante, de brilho e de obscuro”, diz destacando ainda o trabalho minucioso, onde “cada foto é uma obra-prima, com a marca, o suor, a garra e o caráter do respectivo autor”.
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ARFOC-SP
A Copa de 2014 foi linda, surpreendente, botou por terra a desconfiança de quem imaginava um fiasco mundial. Nativos e gringos lotaram estádios esparramados pelo Brasil, difícil ver um lugar vazio nas arquibancadas. Houve festa, confraternização, batuque, zoeira. Caipirinha e cerveja a rodo. Um incidente aqui, outro acolá. Nada que afugentasse turistas, ao contrário do que se previa. Azar dos estrangeiros que acreditaram em cenário de guerra e violência. Perderam farra e tanto.
As cenas dentro de campo são inesquecíveis. Cada uma evoca instante de euforia, esperança, desânimo, sonho realizado ou realidade impiedosa. Emoção. Os gritos e alertas dos técnicos, o choro de atletas vencedores e batidos — tudo registrado na retina, na memória, para não sair nunca mais. Até aqueles malditos 7 a 1 que pulverizaram a seleção…
Às imagens estão aí, para relembrar 31 dias especiais, entre junho e julho. O mês em que o País se expôs, com o que tem de deslumbrante e de angustiante, de brilho e de obscuro. Para espanto geral, para dor de cotovelo dos que não quiseram ou não puderam participar.
Os momentos únicos do Mundial brasileiro foram eternizados por olhos atentos, de Jornalistas com “sensibilidade de artistas, de integrantes de tropa de choque da notícia que num clic captam o desafio, a astúcia, à Superação num lance, num drible, num gol feito, numa fPortunidade desperdiçada. Pintores do drama da vida que o esporte comporta.
O trabalho da rapaziada da fotografia me fascina. Essa turma está sempre na linha de frente, literalmente cara à cara com os fatos. Não tem direito de tremer, não pode vacilar. Um segundo de indecisão e lá se vai a grande foto.
“É preciso estar atento e forte. Não temos tempo de temer a morte”. Os versos de Gil e Caetano definem a atividade do repórter fotográfico.
Eles chegam mais cedo nos treinos e são os últimos a sair. Em dias de jogos de Copa, a jornada começa de madrugada, em busca de um lugar melhor ao redor do gramado. Minutos de atraso podem significar a perda de um ângulo adequado. Marcam o território com um banquinho, uma jaqueta, uma adesivo. Muitos dão plantão horas antes da partida. Haja disposição! E ela não lhes falta.
E como dominam aquelas lentes sofisticadas, que parecem bazucas e pesam tanto quanto! Mas como dão leveza àquelas máquinas, aparelhos de invadir a alma da gente. Pouco adianta se japoneses, alemães, americanos, coreanos e sei lá quem mais capricharem na tecnologia. Sem o talento de quem aperta o disparador, não passariam de quinquilharias.
Brinco com meus queridos amigos da foto, ao defini-los como bando de “filhos da mãe”, pra ficar num eufemismo, pois aqui o ambiente é de família… E são mesmo. O repórter fotográfico lerdo, desleixado, indolente, de cintura dura, não passará de reles retratista. E, como lambe-lambe, será passado para trás.
Não é, nem jamais será, o caso desta turma de virtuoses. Cada foto é uma obra-prima, com a marca, o suor, a Barra e o caráter do respectivo autor. Peças para serem admiradas, reverenciadas, cobiçadas. Esses profissionais poderiam chamar Picasso de colega. O grande mestre se sentiria honrado.
Antero Greco, Jornalista
REALIZAÇÃO
ARFOC-SP
Associação de Repórteres Fotográficos e
Cinematográficos no Estado de São Paulo
ABERTURA
Shopping Ibirapuera – Piso Moema
05 de agosto de 2014 às 19h
VISITAÇÃO
até 31/08/2014
PRODUÇÃO
Rubens Chiri e Nilton Fukuda
Entrada Gratuita
Endereço:
Rua Rego Freitas, 530, Sobreloja
Vila Buarque, São Paulo – SP, CEP 01220-010
Telefone e WhatsApp: (11) 96195-5840
E-mail: contato@arfocsp.org.br